sexta-feira, junho 20, 2008
Tonheca Dantas (Antônio Pedro Dantas)
(Não há foto)
*13/6/1871 Carnaúba dos Dantas, RN
+7/2/1940 Natal, RN
Biografia
Compositor. Flautista. Trompetista. Saxofonista. Violonista. Clarinetista. Aprendeu elementos básicos de teoria músical com o irmão José Venâncio. Primo de Felinto Lúcio Dantas. Em 1898 mudou-se para a cidade de Natal, onde tornou-se regente da Banda de Música do Batalhão de Segurança da Polícia Militar.
Dados Artístico
Não teve um aprendizado musical sistemático, tendo aprendido ainda criança a tocar diversos instrumentos, principalmente de sopro. Dedicou sua vida à música. Fazia apresentações de suas obras em bandas do interior e em conjuntos sertanejos. Em 1903 mudou para Belém do Pará onde foi contratado pela Banda de Música do Corpo de Bombeiros. Em 1910 foi para a Paraíba onde regeu as bandas de música das cidades de Alagoa Grande e Alagoa Nova. Em 1911 retornou em definitivo para Natal onde passou a integrar a Banda de Música da Polícia Militar. Foi também compositor de grande produção, tendo deixado um vasto legado de cerca de mil composições. Suas composições eram valsas na grande maioria, mas também compôs maxixes, dobrados, hinos, xotes e polcas. Uma de suas valsas mais conhecidas é "Royal cinema", que foi executada diversas vezes pela orquestra da Rádio BBC de Londres durante a Segunda Guerra Mundial. Esta valsa, juntamente com "A desfolhar saudades", foram gravadas pela Banda de Música do 14º Regimento de Infantaria da Paraíba. Teve ainda músicas gravadas por Ivanildo do Sax de Ouro, Zé de Elias, Quarteto de Cordas da UFRN e Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte. Foi homenageado bisneto Antônio José Madureira com a "Suíte retreta", gravada no disco "Romançal", pelo Quarteto Romançal em 1997. Recebeu também homenagem do governo do Estado do Rio Grande do Norte com a inauguração da Sala Tonheca Dantas no Teatro Alberto Maranhão.
Obras
A desfolhar saudades • Delírio • José Paulino • Lúcia Pires Lemos • Melodia do bosque • Republicana • Royal cinema
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Maestro Felinto Lúcio Dantas
* 23/3/1898 Carnaúba dos Dantas, RN
+11/9/1986 Carnaúba dos Dantas, RN
Biografia
Compositor. Aprendeu as primeiras lições musicais com um primo. Compôs sua primeira música aos 17 anos. Sempre trabalhou como agricultor.
Dados Artísticos
Nascido no Sertão do Seridó, compôs valsas, mazurcas, dobrados e peças sacras. Uma parte do seu repertório está registrada em partituras que se encontram em mãos da família, em arquivo pessoal. Em 1978, o Centro Cultural Mobral gravou em um LP duplo, algumas de suas obras, contando com a participação do maestro Radamés Gnattali. Em 1982 gravou depoimento para o programa "Memória viva", da TV Universitária. Em 1983, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Ufrn) gravou outras de suas composições em um LP editado naquele ano. Em 1997 teve a música sacra "A quinta novena", executada em missa na Catedral do Rio de Janeiro, com a presença do Papa João Paulo II. Em 1999, por ocasião das comemorações dos 400 anos da fundação da cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, teve sua composição "Estréia", gravada pelo Quinteto Natal Metais no CD "Nação Potiguar".
Obras
Agnus dei • Ana Medeiros Dantas • Ave Maria • Credo • Culpa e perdão • Dobrado Caetano Dantas • Dobrado Flávio Lúcio Dantas • Dobrado Francisco Lúcio Dantas • Dobrado Joaquim Lúcio Dantas • Dobra Mobral • Dobrado Paulo Lúcio Dantas • Estréia • Francisco Lúcio Dantas • Glória • Hino do centenário de Caicó (c/ José Lucas de Barros) • Kyrie • Mobral • Nilda Medeiros Dantas • Salutaris • Sanctus • Valsa do centenário (c/ José Lucas) • Valsa Lúcia Dantas • Valsa Maria de Fátima Dantas • Valsa Maria do Carmo • Valsa Tereza Maia • Valsa Terezinha Dantas
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quarta-feira, junho 18, 2008
O Carcará
Vôa Carcará
Mais vôa leve
Não deixe que apressada fome
Desenfreiada te leve
A teu deguste
O teu plainar delicado
A meu olhar é breve
Mas não sossegues
O atirador sanguinário
Continua postado
Se descuidar
Acontece mais um assassinato
E se ocorrer demasiado?
Se todos os Carcarás forem aliminados?
Quem irá limpar as estradas?
Quem irá comer os bichinhos silvestres
Esmagados pelo os pneus dos carros?
O Urubu é claro!
Mais só depois de putrificado
Com aquele odor insuportável
O Carcará não...
Pois ele come na hora o atropelado
Vôa Carcará
Vôa atento
Vôa devagar
Se te vencerem
Venceram também
O meu prazer
De te ver voar.
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